Com a
falência dos projetos coloniais localizados no litoral paranaense, a capital
Curitiba atraiu a grande maioria dos imigrantes que vieram se instalar nas
novas colônias formadas ao redor da cidade. Diversos foram os fatores que
impediram o progresso daquelas colônias litorâneas, sendo que os principais
foram: 
1.   desorganização administrativa nas colônias; 
2.  
assentamentos em locais inadequados, com terrenos arenosos
localizados em zonas propensas as enchentes; 
3.  
calor úmido, típico da região, que muito dificultava a adaptação
dos colonos a nova terra; 
4.  
moradias precárias e falta de condições de higiene nos
barracões; 
5.  
locais na maioria úmidos, infestados por muitos tipos insetos e
parasitas desconhecidos dos imigrantes que provocavam doenças e desconfortos, tais
como mosquitos e bicho-de-pé que causavam grandes sofrimentos aqueles
pioneiros; 
6.  
insistência no plantio de culturas tradicionais europeias não
recomendadas para a região; 
7.  
finalmente o fator principal, a falta de mercado consumidor
próximo para escoar os produtos agrícolas colhidos. 
Assim,
com o passar do tempo, aprendendo com os tropeiros que desciam com as tropas de
mulas com destino a Morretes e ao Porto de Paranaguá, ficaram sabendo da
existência de uma vila com terras melhores situadas ao redor de onde é hoje a
capital do Estado. Assim, em ritmo cada vez maior, o êxodo foi aumentando em
direção às terras férteis do planalto paranaense local onde o clima também era
muito mais parecido com aquele que deixaram no Vêneto. 
A
subida da Serra do Mar foi pela realizada pela Estrada da Graciosa, a pé e em
carroças, e que durava alguns dias. Ao que se sabe o governo da província não
dificultou este grande deslocamento de imigrantes para a capital da Província
do Paraná, tendo pelo contrário na maioria dos casos os ajudado com transporte
em carroças.
Dr.
Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim
RS

 
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